quarta-feira, 8 de abril de 2009

Se eu pudesse voltar no tempo

Se eu pudesse voltar no tempo teria feito tudo muito diferente
Talvez tivesse acordado mais cedo, comido menos porcaria e ido mais vezes à academia
Talvez pudesse ter estudado mais, me dedicado mais e aberto os olhos às oportunidades
Talvez tivesse escolhido melhor aqueles com quem me relacionei, meus amigos e descartado aqueles que me fizeram mal
Talvez tivesse aproveitado mais as festas, tivesse bebido o quanto queria, tivesse dançado sem me preocupar com o que os outros estavam pensando
Talvez até economizado mais dinheiro, deixado de comprar coisas inúteis e poupar para as dificuldades que estavam por vir
Quem sabe teria conhecido pessoas novas, beijado as bocas que me atraíram ou dado chance a outras que realmente gostavam de mim
Talvez tivesse viajado para lugares diferentes, deixado de ir para outros
Morado em outras casas, vivido com pessoas de espírito elevado, discutir idéias
Talvez um dia de relaxamento total, um dia de concentração total, um dia de sono sem fim
Um novo esporte, uma nova amiga, um novo alguém
Talvez tivesse demonstrado meus sentimentos (bons e maus), discutido mais vezes, não deixaria muitas coisas passarem
Talvez quisesse menos atenção, menos enrolação, menos pavor
Mais amor, mais paz, mais tranqüilidade
Teria dito às pessoas o quanto elas eram importantes e que hoje não consigo lembrar delas sem sentir a amargura da saudade, sem as lágrimas a rolarem na face, sem o nó na garganta
Teria me aberto a novas pessoas, a novos olhares, a novas idéias
Talvez tivesse excluído da minha vida muita gente, muitos objetos, muitas fotografias
Se eu pudesse voltar no tempo, com certeza faria tudo muito diferente

Aqui a trajetória da minha maior conquista

Faltam alguns meses , não para o fim de tudo, mas para um novo começo. Isso me faz pensar no início de tudo, no dia anterior à prova do vestibular, em que ficamos na delegacia porque bateram na tia Nádia e na Sá, lembra? Até tarde vendo sair e entrar pessoas e nada do nosso B.O. Mas um pouco antes disso, me lembro de ficar em casa estudando meus livros, lendo muito e brigando com a coordenadora do colégio pra assistir a algumas aulas à tarde, já que eu estudava à noite. No 1o. dia do vestibular, lá na Uninove, faculdade em que passei em primeiro lugar, fui de trem. Cheguei lá com medo, um monte de gente com cara de quem tinha estudado a vida toda e eu querendo fazer odonto, sem quase esperanças de passar assim de cara. Acertei mais da metade da prova. Voltei contente, com aquela pontinha de esperança em mim... No segundo dia era aquela prova dissertativa, em que as minhas expectativas foram por água a baixo, deixei 3 questões em branco, mas aquelas que eu tinha feito, era quase certeza que todas estavam certas. Fui pra casa com esperanças ainda pois para Deus nada é impossível... No 3o. dia foi a prova de português e redação. Como sempre gostei de escrever, fui muito bem. Fiquei toda feliz, me achando lá no meio de tanta gente! Os dias se passaram, expectativas foram geradas, das mais diversas, e o resultado saiu! Começamos pela lista de aprovados. Percorremos cada nome, lendo pelo menos 2 vezes cada um para ver se era ilusão de ótica o meu nome não estar dentre os aprovados. Daí fomos na lista de espera, lá no finzinho da lista, achando que seria uma das últimas... Subimos bem devagar aquela lista, olhando nome por nome. Não sei se havia esperanças naquele momento. Só me lembro da borboleta ali em cima do pc, na sala, batendo as asinhas, e dos nomes passando e nada do meu. As lágrimas iam escorrendo pelos olhos, de tristeza, por talvez não ter conseguido realizar o sonho. De repente, subindo a lista lá no comecinho tava lá, meu nome em primeiro lugar. Que alegria, que mistura de emoções, nossa!!! Saí correndo, nem sei pra onde, gritando, chorando, pulando, agradecendo à Deus pela Graça que Ele me ajudou a alcançar... Depois de tanto desgaste com falta de dinheiro pra pagar a faculdade particular, os dias de manhã chorando porque o dinheiro não ia dar para pagar todas as contas que viriam, depois das horas de estudo e concentração, depois de tantas e tantas dificuldades, encontramos a solução... Posso dizer que foi o dia mais feliz da minha vida até hoje. Daí as fichas começaram a cair, tanto pra mim qto p vc. Ir morar longe, sem família ou amigos, com milhões de responsabilidades, mas realizando um sonho duplo: fazer a faculdade de odontologia, pública! Depois veio o trote, lutar na lama, fingir que comprou ovo, bochechar guache, tomar banho na casa de piscina do hotel. Nossa, que viagem longa naquele dia!!! Parecia que São Paulo não chegava nunca. Vim pra cá, e muitas coisas aconteceram. Muita pressão, muito estudo, muitos desentendimentos, muita coisa mesmo. Prêmios, decepções, festas, trabalhos, amizades, etc. Posso dizer que fiz minha "vida" aqui: curso de inglês, aprendi a cozinhar mais ou menos, academia, andei de bike, cai com ela no meio da avenida, corri às 6 da manhã, aprendi a dirigir, bati o carro que nem era meu, cantei em barzinhos, amei demais, me decepcionei na mesma proporção, sorri muito, chorei muito, senti saudades, andei mais que noticia ruim, rezei para que as coisas melhorassem, para agradecer pela felicidade e desejar que ela nunca se encerrasse, aprendi coisas que nunca pensei que fosse aprender, tornei-me dentista, a profissão que tive certeza de ser a minha; enfim, fui muito feliz aqui. Tudo foi muito intenso, mas parece que passou num piscar de olhos... Hoje, posso dizer que estou feliz demais por ver meu sonho se realizar, mas tenho outros e outros e outros, que também vou lutar por eles com todas as forças. Um ciclo terminará, estou triste por isso, pelo fim desta jornada, por deixar parte de mim aqui, amigos e professores que talvez nunca mais verei, pelos constantes ensinamentos que eles me ofereceram, pelo medo de não ser mais uma estudante bem sucedida e sim tentar ser uma profissional bem sucedida. Daqui a alguns meses serei dentista, desempregada né, mas com formação para trabalhar. Com certeza me esforcei muito para que tudo isto acontecesse, mas muito mesmo. Foi difícil “abandonar” tudo aí e vir para uma cidade nova, com um clima totalmente diferente (quente demais), aprender a lidar com os próprios problemas, emoções, sentimentos... Passei por inúmeras privações para que tudo corresse bem e, graças a Deus, tudo correu muito bem...Mamis vc me ajudou em tudo, sempre tava ali pra ajudar no que fosse necessário. Muito obrigada a Deus e a vc por tudo. Sem vcs eu nada seria. Te amo mais que tudo. BjosCarta à minha mãe, 22/08/08

Demorei muito para tomar algumas decisões

Tome as decisões sem medo, não tenha da vida menos do que você merece, exija o máximo dela e de si mesmo, faça o melhor,sempre, em tudo!!!Nada do que acontece na sua vida é por acaso, e podemos aprender e ver um lado bom em tudo o que nos acontece... O impressionante da vida é justamente isso: poder nos deparar com as mais diferentes situações e extrair algum aprendizado delas, por mais desagradáveis que sejam.

Crônica do fim

Às vezes nos pegamos pensando: onde foi que eu errei...Sabe, muitas vezes não fomos nós que erramos. O fato de se doar não é um erro, é confiar naquele que está “junto” de você, dando tudo de melhor de si mesmo, muitas vezes sem nem esperar o melhor do outro. Sem esta doação necessária, as relações da vida se tornam impossíveis. O grande problema acontece quando esta doação é unilateral. Não há santo que agüente dar sem nem receber um pouquinho. Não há quem suporte telefonar sem respostas no outro lado da linha, dizer o quanto ama sem ouvir algo parecido, querer estar perto sem reciprocidade, lembrar do aniversário de namoro, da mãe dele, dos filhos dele, do cachorro da filha dele mas não ouvir nem um parabéns pela sua formatura. E me diga quem gosta de ficar naquela expectativa de ver a pessoa amada porque ela disse que vocês poderiam se ver hoje mas ela não aparecer? E as desculpas furadas como falta de dinheiro, falta de trabalho ou crises existenciais?Será que alguma vez esta pessoa já pensou nas suas horas perdidas de sono, imaginando se ela estaria bem, andando nas ruas perigosas de São Paulo depois da meia-noite? Se não havia sido seqüestrada ou passando por apuros? E aquelas vezes em que você viajava muitas horas passando frio ao lado de gente desconhecida e chata só para vê-lo mas isso não aconteceria porque ele não teria tempo (ou saco)para lhe dar um abraço... quem foi que esteve ali para o que ele precisasse, toda ouvidos para reclamações e explanações sobre as dificuldades da própria vida?Aquelas crises de choro sem fim, das madrugadas sentindo aquele cheiro imaginável da pessoa, as saudades de apertar o coração, os dias sem comer, as festas recusadas, o dia em que encheu a cara para esquecer...Quando o pai dele morreu foi você quem chorou dias seguidos pensando somente na dor da pessoa, não foi? Ah, e foi você quem gastou seu dinheiro todo em presente de Natal, Páscoa, aniversário, presente de data nenhuma...Aturou acusações infundadas sobre seu amor, sua lealdade, sua capacidade de satisfazer todos os desejos dele. Desculpas esfarrapadas mas que você até relevava porque sabia das dificuldades da situação.Sim, você errou por ser tão maravilhosa para quem nunca mereceu... Errou por ter sido esplêndida e inteligente para quem nunca reconheceu.